31/12/2007
Is there anybody out there?
Publicada por sophia à(s) 6:15 da tarde 1 comentários
28/12/2007
Lions for Lambs
Ou, como a qualidade de um povo não pode ser medida pelos seus líderes.... E nós portugueses sabemos bem do que é que se está a falar! Ou, de que forma o sistema democrático encerra em si preversões que mais tarde ou mais cedo o farão atraiçoar os seus melhores princípios...As relações públicas e o poder, ( ou o poder das R.P.), as secretas e o poder ( ou o poder das Informações), e o descolamento da realidade dos povos dos seus líderes.
Publicada por sophia à(s) 12:24 da tarde 0 comentários
Jerusalém
Publicada por sophia à(s) 9:39 da manhã 1 comentários
23/12/2007
Natal na Tradição Portuguesa
Publicada por sophia à(s) 11:00 da tarde 0 comentários
O meu Natal.
O Natal para um agnóstico é sempre uma época ambígua. Às contradições vem-se juntar uma boa dose de nostalgia (do gre. nostós, “regresso” + algos, dor”). Sempre vivi o Natal como uma festa que junta a família, que nos faz pensar um pouco mais nos que nos rodeiam.Na verdade, nunca tive grande vontade de ir mais além, de procurar um significado maior para esta festa, até que…na sexta-feira passada ouvi um filósofo a explicar a origem mais remota desta festa (na “Janela Aberta”, de Ana Sousa Dias no RCP). Dizia o entrevistado que esta época, a do solstício de Inverno, era já festejada antes da existência do Natal cristão, um fenómeno que a humanidade acompanha desde sempre, uma data mágica e sagrada entre os primeiros povos. O solstício de Inverno no Hemisfério Norte é a altura do ano em que a Terra (no hemisfério norte, mais uma vez) se encontra mais longe do Sol, tendo, por essa razão, sido desde sempre associada à Morte. Afinal, essa é a altura do ano que, sendo os dias mais curtos e frios, a Terra é menos fértil e tem menos luz. A festa, naturalmente pagã, sempre se fez neste período, com o objectivo de dar Vida, de Partilhar, de dar Luz (com as iluminações e as árvores de Natal) a estes dias tão Invernosos. E assim, não procurando, acabei por encontrar o meu significado para o Natal. Prolongar a luz, dar alegria e partilhar o pouco que a terra gera, a estes dias cinzentos. É isso! Um bom Natal para todos!
Publicada por Marta à(s) 9:03 da tarde 1 comentários
21/12/2007
20/12/2007
Iniciativa X
A Iniciativa X consiste numa venda de largas dezenas de obras, doadas por numerosos artistas, desde nomes consagrados como Julião Sarmento, Ana Hatherly, Pedro Calapez, até muitos e promissores jovens autores. Maioritariamente realizados sobre papel e com a dimensão de um postal com 10 x 15 cm, os trabalhos são vendidos por 50 € sem que o comprador tenha conhecimento do respectivo autor. Tem lugar na Arte Contempo (Rua dos Navegantes nº46 A, Lisboa), e decorre até 22 de Dezembro entre as 14H30 e as 19H30.
Publicada por Marta à(s) 4:53 da tarde 0 comentários
O Bairro do Amor I
É uma relação de amor aquela que mantenho com Campo de Ourique. Nada me dá mais prazer do que entrar em Lisboa pela fresca e tranquila rua Ferreira Borges num domingo quente de Verão, tomar o pequeno-almoço nas apertadinhas mesas da Ertilas acompanhada pelos habitués do fim-de-semana, passear pelo Jardim da Parada ou simplesmente deambular pelo comércio do bairro e cumprimentar as pessoas de sempre, o Luís da Ler, o Zé da Lavandaria, a D.Glória do quiosque dos jornais e por ai fora.
É um bairro feito de pessoas, pessoas que têm um nome e uma vida ligado ao bairro. Construído para que as pessoas se sintam bem, novos e velhos, ricos e pobres, os loucos e os mais sãos, todos eles convivem e partilham este espaço de forma muito saudável, diria mesmo feliz. MST descreveu de forma exemplar, o que me encanta em Campo de Ourique:
“Depois, as pessoas fazem o resto: andam na rua sem pressa nem atropelos, param para conversar à porta das lojas, saúdam-se nas esquinas, passeiam as crianças, os velhos ou os cães, namoram ou lêem o jornal nas esplanadas, almoçam a horas certas na sua mesa de sempre dos seus pequenos restaurantes, numa palavra, vivem a cidade, não se limitam a sofrê-la ou a passar por ela. Certamente que aqui também há gente triste, sozinha, com vidas terríveis. Mas, pelo menos, a rua não os agride: conforta-os, distrai-os e, acima de tudo, dá-lhes um sentido de pertença a uma comunidade…”.
Publicada por Marta à(s) 3:44 da tarde 0 comentários
19/12/2007
Roteiro para o Fumador
Uma grande ideia de enorme utilidade, do Daniel Oliveira, fazer um roteiro para os fumadores. Estou solidária e por isso apelo a quem tiver informação de sítios ( bares, cafés e restaurantes) onde, a partir de 1 de Janeiro, se possa fumar que envie para o Arrastão.
Publicada por Marta à(s) 12:56 da tarde 4 comentários
17/12/2007
Salão Nobre do Conservatório Nacional - Petição

Publicada por sophia à(s) 9:24 da manhã 1 comentários
16/12/2007
Museus Do Século XXI - Conceitos, Projectos, Edifícios
A exposição concebida e coordenada pelo Art Centre Basel, Suíça, apresenta 27 dos mais interessantes e seminais projectos de edifícios museológicos desenhados, acabados ou em construção entre os anos 2000 e 2010. São projectos muito diversos que revelam diferentes pontos de vista sobre o conceito de museu, o papel na sociedade contemporânea e as suas traduções arquitectónicas.
Diller Scofidio + Renfro - Eyebeam Museum of Art and Technology, Nova YOrque, EUA - 2001 (construção suspensa) - simulação por computador foto do cartaz da exposição
Podem ser apreciados projectos assinados por Renzo Piano, Jean Nouvel, David Chipperfield, Zaha Hadid, Tadao Ando, entre outros. A apresentação é fabulosa com painéis e maquetas, por si só autênticas obras de arte dignas de exposição. Podem vê-la até 3 de Fevereiro na Culturgest. Não percam!
Publicada por Teresa à(s) 9:58 da tarde 3 comentários
15/12/2007
100 anos de Oscar Niemeyer II
Publicada por sophia à(s) 1:42 da tarde 2 comentários
14/12/2007
O mistério da Presença
Há contextos que te fazem mais presente. Pode ser um local, uma música ou um cheiro, mas a cumplicidade que se sente na saudade partilhada alimenta-nos. Ontem, eu sei que estiveste lá! Nos parabéns, na boa disposição, a dançar, a rir, no carinho dos abraços, nos amigos, no Amor.
Publicada por Teresa à(s) 11:41 da tarde 0 comentários
12/12/2007
100 Anos de Oscar Niemeyer
Publicada por sophia à(s) 10:36 da manhã 0 comentários
10/12/2007
O senhor Paulo
hoje surpreendeu-nos, a mim e ao Miguel. Na pastelaria da Madalena pregou-nos uma partida quando ia-mos a pagar o pequeno-almoço e percebemos que já estava pago, nos faz um aceno - lá do fundo do balcão - e nos deseja um Bom Natal, tudo isto com um sorriso divertido a transbordar de simpatia e boa disposição, logo cedo pela manha!!!
Lembrei-me que nem sequer sei o nome do seu restaurante onde às vezes também almoçamos, lá mais para o fim da rua. Nós chamamos-lhe, e pelos vistos não é à toa, " A Família Feliz".Publicada por Teresa à(s) 9:53 da tarde 0 comentários
Exit Ghost
Para os admiradores de Philip Roth, a Pluma Caprichosa de Clara Ferreira Alves, traz-nos boas e más notícias. As boas notícias é que vem aí mais um romance, Exit Ghost, as más é que não será o melhor de Roth. Na Pluma Caprichosa, adivinhamos uma forte admiradora de Roth, e por isso vale mesmo a pena ler a crítica de C.F.A. " Roth não descreve paisagens, nem pessoas. Inscreve-as na cabeça do leitor." Enquanto não chega às nossas mãos, vamos-nos preparando para ele, obrigado C.F.A.
Publicada por sophia à(s) 12:44 da tarde 1 comentários
09/12/2007
08/12/2007
Edifício do Povo - Expo Shangai 2010
Partilho com todos este e-mail, recebido via Duarte, e que nos dá a conhecer este edifício, no meu entender um belíssimo exemplo de arquitectura conceptual.


Publicada por Teresa à(s) 6:45 da tarde 1 comentários
02/12/2007
The comfort of Strangers

Publicada por sophia à(s) 3:39 da tarde 2 comentários
01/12/2007
Este é o Mack o Super Camião dos Cars e os seus amigos, McQueen e companhia, retratados pelo Tiago, hoje.
Publicada por Teresa à(s) 9:41 da tarde 3 comentários
30/11/2007
RAP na primeira pessoa.
Publicada por Marta à(s) 10:16 da manhã 0 comentários
29/11/2007
O meu Bairro I
Publicada por sophia à(s) 10:53 da tarde 0 comentários
Nostalgia
Publicada por Teresa à(s) 9:51 da tarde 1 comentários
Um outro olhar III.
"Perante qualquer coisa que não é comum, que é estranha, a pessoa reage por ansiedade e recusa ou por um certo fascínio. As pessoas mais saudáveis têm o predomínio do fascínio, as pessoas mais doentes têm o predomínio do medo." António Coimbra de Matos.
Publicada por Marta à(s) 9:44 da tarde 0 comentários
27/11/2007
Roberto Mugabe...Vem!
Ele vem! Parabéns à finíssima diplomacia portuguesa!
Publicada por sophia à(s) 11:38 da manhã 0 comentários
26/11/2007
Espírito de Natal
Publicada por Teresa à(s) 10:47 da tarde 1 comentários
24/11/2007
Le cool magazine

Publicada por sophia à(s) 3:45 da tarde 1 comentários
19/11/2007
Um espectro amoroso?....

Publicada por sophia à(s) 2:49 da tarde 0 comentários
Amores negados
A história de amor entre Fiamma dei Fiori e Martín Amador é como as ondas do mar. Açoita, bate, acaricia, lambe, vem e vai, num vaivém de sentimentos desencontrados que submergem o leitor na voragem das contradições sentimentais. O amor e o desamor, a rotina e a paixão, a espiritualidade e a rebeldia fazem parte da vida de Fiamma dei Fiori, uma mulher inteira e verdadeira no momento mais pleno… e mais vazio da sua vida. É uma belíssima história de amor que decorre numa cidade portuária onde o tempo parece acompanhar os desassossegos deste casal. Transbordante de vibrações de vida, procura, idealismos, sonhos possíveis e impossíveis, alegrias e solidões, até conseguir o que todos desejamos: encontrar-nos a nós mesmos. Este é um livro de Angela Becerra, comlombiana e que viveu em Barcelona muitos anos. Foi directora criativa de grandes agências de publicidade espanholas e, agora, dedica-se à escrita. Um livro que recomendo.
Publicada por planetario à(s) 1:27 da tarde 1 comentários
18/11/2007
Temporada de música na Gulbenkian
Voltei, nas duas últimas quintas-feiras com o meu pai aos concertos na Gulbenkian. Quando éramos miúdas (adolescentes) os meus pais que sempre seguiram o hábito de assistir regularmente aos concertos da temporada, compravam 3 bilhetes, e à vez, lá nos íamos revezando para os acompanhar.
Esta prática, não me trouxe um maior conhecimento musical, mas deixou-me memórias que se traduzem em emoções, sensação de bem estar, amplo relaxamento e também uma boa prática de “higiene mental”.
Agora voltei a sentir tudo isto outra vez.
A somar ao excelente concerto de excertos de Mozart, interpretados pela Orquestra Gulbenkian a par com solistas de renome internacional, da interpretação de um Requiem de Verdi perfeitamente avassalador (coro, orquestra e solistas convidados), e de apreciar por ambas as vezes o violinista Vienense convidado, Florian Zwiauer que me prendeu a atenção a maior parte do tempo, estive sentada naquele que é para mim - e provavelmente sempre será - o mais bem desenhado auditório que conheço.
Publicada por Teresa à(s) 4:10 da tarde 2 comentários
17/11/2007
Qual é a cor do amor?
A peça Disco Pigs de Enda Walsh, dura apenas 60 minutos, nesse curto espaço de tempo ri e chorei, senti compaixão e admiração. Tocante e mágica, com um ritmo vertiginoso, próprio dos dias de hoje. Uma peça avassaladora emocionalmente, uma história de amor azul.
«Disco Pigs» de Enda Walsh, pelos Artistas Unidos, estará em cena na Sociedade de Construção Guilherme Cossoul até 02 de Dezembro, de quarta-feira a sábado às 21:30 e ao domingo às 17:00.
Publicada por Marta à(s) 8:10 da tarde 2 comentários
Não aconselhável a Mães e Filhas....em conjunto
Sem dúvida, reafirmo, ir com irmãs, amigas ou outras, mas deixar as Mamãs em casa. Eu fui com mãe, irmãs e enteada e foi muito forte, passa--se da dramatização do palco para a dramatização ao vivo. Um clássico do magistral Bergman, uma magnífica homenagem neste ano da sua morte, um filme belíssimo que vi há anos com uma das minhas irmãs e do qual me ficou gravado o essencial nas duas personagens centrais da peça, a Mãe Charlotte, Ingrid Bergman aqui uma fascinante Fernanda Lapa, figura gélida e melodramática, e a filha Eva, Liv Ullmann aqui uma espantosa Ana Bustorf, mulher intensa e apaixonada, que procura um reencontro com a Mãe e o seu passado. São diálogos brutais, a procura do encontro duma filha em sofrimento com uma mãe distante que vive e viveu toda a vida em fuga permanente, uma mãe que a dada altura já não sabe identificar os seus próprios sentimentos ou a veracidade das suas palavras. Uma filha que entre a revelação do ódio e o reviver do sofrimento provocado pela ausência materna, parece continuar à procura do amor e atenção da Mãe. Uma Mãe egocêntrica e fria que rejeita e despreza os laços afectivos e que se sublima através da música, da arte. É uma peça de mulheres e para mulheres. A não perder.
Publicada por sophia à(s) 11:03 da manhã 1 comentários
16/11/2007
14/11/2007
10/11/2007
Publicada por Teresa à(s) 2:29 da tarde 0 comentários
07/11/2007
Jeux d’enfants
Publicada por sophia à(s) 12:15 da tarde 1 comentários
05/11/2007
Nova Europa de Michael Palin
Ontem tive a oportunidade de viajar com Michael Palin (ex-Monty Python) por alguns dos países do leste europeu, esta descontraída e interessante viagem começou nos Alpes Julianos (Eslovénia) e terminou na Albânia, passando pela Croácia, Bósnia e Sérvia.
Uma forma de conhecer o modo de vida destes diversos países europeus, dos quais confesso conhecer tão pouco, com um óptimo guia sempre bem-humorado.
Não percam aos domingos na RTP 2 às 21h.
Publicada por Marta à(s) 11:41 da manhã 0 comentários
03/11/2007
Inacreditável?
Mas é verdade! Apareceu-me com uma lata de salsichas na mão e com um ar confiante, ofereceu-se para preparar o jantar. Pôs um avental, pediu-me ajuda para abrir a lata e combinámos que podia pôr a mesa e as salsichas num prato. De seguida eu faria o puré. Passados 2 minutos oiço: "mãe, não é preciso vires fazer o puré. Encontrei batata palha e podemos fazer de conta que é puré. Assim não é preciso acender o fogão e trato eu de tudo." Passados 5 minutos chama-me: "O jantar está na mesa. Hoje fui eu o cozinheiro e tu és a minha convidada." Na cozinha encontro a mesa posta, o jantar servido (com direito a salsichas todas cortadinhas e já no prato) e um enorme sorriso de satisfação no melhor cozinheiro com apenas 6 anos, do Mundo!
Publicada por Teresa à(s) 10:12 da tarde 5 comentários
A ver
Hoje no Expresso Imobiliário, capa e artigo na pag.6, ou visualizar aqui.
Publicada por Teresa à(s) 2:07 da tarde 3 comentários
02/11/2007
A terceira parte da colecção particular de Manuel de Brito - galerista da 111 - já está patente no Palácio dos Anjos, em Algés.
Publicada por nuno à(s) 11:33 da tarde 0 comentários
Quarto da criança e a confusão de espaços
Constantemente na minha vida deparo-me com esta realidade, muitos dos meus amigos dormem com os seus filhos no quarto, senão toda a noite pelo menos uma boa parte dela. E sempre que isto acontece sinto-me na obrigação de fazer o discurso psi e percebo que é completamente desadequado, não sei se pelo enquadramento emocional destas conversas se pela personalização da situação. Assim com o recuo que a escrita obriga e o blog cria, aqui vai um post a pensar nestas crianças:
O quarto da criança representa o espaço íntimo e privado da criança, facilita a construção de um “íntimo”, da capacidade de pensar, de expressar as emoções, de ter sonhos bons ou maus, de ter medo dos fantasmas e das bruxas mas também de vencer todos esses medos.
Este espaço é onde a criança vive o confronto com a frustração, a solidão e a angústia na noite imensa, onde se sente pequeno e indefeso. Ser capaz de elaborar estes confrontos é indispensável ao desenvolvimento de uma criança em homem ou mulher saudável. Como diria a psicanalista Teresa Ferreira “ Evitá-los à criança é amputá-la do seu maior valor interior – cortar-lhe as asas do pensar”.
Publicada por Marta à(s) 11:57 da manhã 1 comentários
01/11/2007
1 de Novembro Dia de Todos os Santos
Publicada por sophia à(s) 6:32 da tarde 4 comentários
30/10/2007
Ioga.
Aqui vos deixo o horário das aulas de Rita Cachaço. Está convidado a experimentar uma aula em qualquer um dos espaços. KrungThep (perto C.C. Colombo/ Metro Colégio Militar) 2ªas/5ªas - 8h00 às 9h00 3ªas - 18h00 às 19h00 6ªs – 13h00 às 14h00 Dança Livre (Campolide) 2ªas/4ªas - 13h00 às 14h00 2ªas/4ªas - 18h30 às 19h30 Namastê (Telheiras/Estrada da Luz) 3ªas/5ªas - 19h30 às 20h30 Ginásio Clube Português (Amoreiras/Rato) 2ªas/4ªas/6ªas – 20h30/21h40
Publicada por nuno à(s) 4:20 da tarde 0 comentários
Europa, ideias simples.
Nunca é demais começar por lembrar que Monnet e Schuman, entre outros, perceberam, que se com o controlo da produção do carvão e do aço se impedia o rearmamento e assim a guerra, com o livre comércio – suprema heresia – se garantia a prosperidade económica e assim a paz. A intolerável devastação da guerra trouxe consigo ideias simples pelas quais lutaram. No plano económico, a integração europeia avançou segura, lenta e compassadamente. Pequenos passos, uma ambição partilhada: precisámos de várias décadas para ter uma moeda única, instrumento de desenvolvimento último de um mercado comum - apesar dos países-excepção -, de que nos podemos orgulhar. Inversamente, no plano político, há muito que não é assim. E mesmo assumindo que, com ou sem referendos nacionais, o Tratado de Lisboa põe fim a uma suposta crise - que resultou dos chumbos francês e holandês ao grande equivoco que foi Constituição de Giscard d'Estaing - há muitos anos que ninguém sabe ou diz o que fazer da Europa. Haverá alguém com responsabilidades públicas e políticas, hoje na Europa, que nos diga para onde vamos? Que arrisque uma ideia, que avance um caminho? Do que nos é dado a ler pela imprensa, Luís Amado, um dos mais esclarecidos, afirmou que temos um desenho institucional da União para vinte anos. E Sarkosy levou por diante a sua ideia de constituir um grupo de sábios. Que Europa somos hoje com o Tratado de Lisboa? Já éramos apenas uma parte - e a parte mais fraca - de uma aliança militar, a NATO. Somos seguramente mais que um grande mercado comum. Somos definitivamente menos que um Estado federal. Para chegar à conclusão de que os Artigos da Confederação não estavam à altura das suas ambições e assim adoptar a sua admirável Constituição federal, os Americanos precisaram de oito anos. Oito anos e de um monumental conjunto de textos, primeiro publicados na imprensa, depois em livro e há poucos anos traduzidos para a nossa língua por Soromenho-Marques. Trata-se dos Federalist Papers, de Hamilton, Madison e Jay, e cujo momento que vivemos me faz reler. São ideias simples: imposto sem votos é tirania, numa democracia o povo está dentro do parlamento e não fora dele, separação de poderes, cheks and balances, proporcionalidade demográfica conciliada com igualdade entre estados,... ideias simples. Que continuamos a precisar.
Publicada por nuno à(s) 2:02 da manhã 1 comentários
28/10/2007
Não somos todos, afinal, permanentes viajantes? (I)
Olho para trás, olho para os lados e gosto de imaginar o que possa estar lá mais à frente. Seguindo muitas vezes a minha intuição, arrastada, a passo ou a correr faço a minha viagem. Realizo que vou a meio do caminho. O percurso que fiz até aqui conheço-o de cor. Sempre cauteloso, muitas vezes premeditado, evitando os riscos, seguindo sempre pelo seguro, pelo conhecido, pela via mais directa em direcção à meta pretendida. Recentemente, e espero que ainda a tempo, descobri que os destinos só são realmente importantes na medida em que nos estimulam a viajar. A viagem, mais do que a chegada é que vale, em absoluto, a nossa vida. Apetece-me usufruir do caminho, dos caminhos, do que está à minha volta, do que já trago comigo, de imaginar o que está lá à frente, do que não está mas pode vir a estar, do que é.
Publicada por Teresa à(s) 12:09 da manhã 1 comentários
24/10/2007
Poemas da Mentira e da Verdade
Acho que é o primeiro texto que escrevo na condição de Mãe. Escrevo-o porque me sinto quase na obrigação de partilhar este prazer que foi descobrir os livros de Luísa Ducla Soares com a minha filha.
Luísa Ducla Soares escritora de livros infantis tem mais de 80 livros publicados, tendo sido galardoada com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian pelo conjunto da sua obra em 1996.
A forma como ela brinca com a nossa língua, os jogos de palavras e o olhar fantasioso e criativo da realidade, fazem com que as suas histórias sejam verdadeiros apelos à imaginação. Os meus contos preferidos são: "A menina verde", o " Senhor das barbas" e os " Poemas da Mentira e da Verdade". Este último, utilizando o nonsense como técnica narrativa proporciona boas risadas conjuntas com a minha filha, deixo-vos algumas linhas de um poema da mentira: "
"Visitou uma cidade
onde as igrejas dançavam
equilibradas no sino.
Quando voltou ao castelo
no meio do olival
viu carapaus a voarem
Publicada por Marta à(s) 9:24 da tarde 2 comentários
Mulheres Coragem
Fui ontem ver a peça “Última Ceia”, da Casa Conveniente, baseado na última peça de Anton Tchékhov, “ O Cerejal”. O fio narrativo é o que menos importa quando somos confrontados com cinco mulheres na intimidade de uma mesa, a partilhar uma refeição. A princípio, é um pouco incómodo, existe um silêncio constrangedor, mas o ritmo da própria peça encarrega-se de nos ir envolvendo.
Mas acima de tudo o que me impressionou foi a coragem daquelas cinco mulheres, expondo-se inteiramente sem recurso a qualquer tipo de artifício, tudo em nome de uma maior proximidade entre os criadores do acto e os espectadores. Este tipo de encenação, a que Monica Calle já nos habituou, resulta sempre em excelentes espectáculos. Nos quais muitas vezes nos sentimos desconfortáveis, é verdade, mas e por essa razão nos sentimos, em paralelo, desafiados a viver a peça, tanto pelas excelentes representações das actrizes como pelo jogo de sentidos que decorre da própria acção.
No teatro da politécnica 15 de outubro a 18 de dezembro
Publicada por Marta à(s) 12:46 da tarde 0 comentários
20/10/2007
Não somos todos, afinal, permanentes viajantes?
Publicada por Teresa à(s) 10:04 da tarde 0 comentários
O inquietante silêncio
É verdade, o silêncio sempre me incomodou. O doloroso silêncio que surge recorrentemente entre dois amantes no início de uma relação, o prosaico silêncio de todos os dias com um desconhecido no elevador ou os breves silêncios que surgem a espaços com os amigos mais próximos quando simplesmente não há nada a dizer. Posso suportar injúrias, mentiras, sarcasmos e até humilhações. Mas não posso suportar o silêncio quieto. Em toda a minha vida nunca procurei a razão desta minha fragilidade, como tantas outras, e foi na minha incursão pela psicologia que encontrei a mais pláusivel explicação. Tão bem dita nas palavras de Coimbra de Matos: " o carácter inquietante do silêncio, escreveu Freud - ligando silêncio com a morte, e mostrando como no sonho e na lenda o silêncio aparece como símbolo do fim da existência; e adiantando que, desde a infância, o calar se entrelaça com a angústia de separação e a angústia de perda do objecto. É o silêncio da noite; é o silêncio da solidão.(...). É o silêncio do cemitério, do frio do mármore; com o sibilar acusatório do vento por entre os ciprestes."
Publicada por Marta à(s) 9:43 da tarde 4 comentários
19/10/2007
Salvador Dalí no Porto ou um outro Dalí.
Apesar de não estar entre os meus pintores favoritos, vi com prazer a exposição de Dali, no Palácio do Freixo. Nesta, não vai encontrar o sublime "Cristo de S. João da Cruz", os relógios moles da "Persistência da Memória" ou ainda as paisagens delirantes com que o mestre do surrealismo nos confrontou. No entanto e precisamente por essa razão, a exposição teve o mérito de me fazer descobrir um outro Dalí. O Dalí de "Gargântua et Pantagruel", as 25 litografias nas quais o pintor bebe de Bosh e dá a beber a Pedro Proença, e que valem pelo seu lado lúdico. O Dalí do "Elefante Cósmico", ser que se descola da mitologia grega e do bestiário medieval em direcção ao espaço, entre muitas outras peças escultóricas a que Salvador Dalí dá vida fazendo sair dos seus quadros. E por fim, o Dalí da "Bíblia Sagrada", composta por 150 litografias sobre tantas outras cenas dos cinco livros do Antigo Testamento, que é uma verdadeira revelação. A exposição pode visitada até 4 de Novembro, entre as 10h00 e as 22h00, e de sexta a domingo (incluindo feriados) das 10h00 às 24h00. E é o melhor dos pretextos para visitar o Palácio do Freixo, magnificamente recuperado.
Publicada por nuno à(s) 9:28 da tarde 0 comentários
16/10/2007
Nova Constituição?
"Não precisamos de uma nova Constituição" é o título do primeiro texto de Pedro Mexia no Gattopardo, o novo blogue que partilha com Pedro Lomba - que saudades de "A Coluna Infame"! -, e cujo link já se encontra aqui, do lado direito. No seu texto, Mexia explica por a-mais-b porque é desnecessária, irrealizável e até leviana a proposta uma nova Constituição. Esta proposta, que tem surgido com recorrência em alguns meios liberais, da "Atlântico" a Pacheco Pereira, entra agora na agenda por um emissor que passou a ser uma fonte rotineira dos jornais mas que continuará para mim desprovido de qualquer credibilidade: Luís Filipe Menezes falou de uma nova Constituição como poderia ter falado de qualquer outra coisa... Concordo no essencial com Mexia. Dito isto, gostava de ver a constituição revista. Defendo um texto mais curto. Um texto expurgado da marca d'água do socialismo original do regime. Isto é, um texto que, como hoje escreveu José Manuel Fernandes no seu editorial do "Público", não viole "...um dos princípios básicos da democracia liberal. Ou para ser mais claro: uma Constituição deve ser sobre os meios do Governo, não sobre os objectivos do Governo. Uma constituição deve estabelecer regras, não os fins a atingir." Ou pelo menos, os fins a atingir que consagre devem estar consensualmente aceites e estabilizados. Nada como dar um exemplo que até Vital Moreira compreenderá: no preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos diz-se que: "We the people of the United States, in order to form a more perfect union, establish justice, insure domestic tranquility, provide for the common defense, promote the general welfare, and secure the blessings of liberty to ourselves and our posterity, do ordain and establish this Constitution for the United States of America.", sublinhados meus. Mas não se diz como o fazer. A Constituição deve ser "de todos os portugueses", caso contrário, não valia a pena fazer eleições.
Publicada por nuno à(s) 10:48 da tarde 0 comentários
Que nojo!
Publicada por Teresa à(s) 9:18 da tarde 4 comentários
Guerra Colonial
Num país onde teimamos em recalcar os acontecimentos marcantes da nossa história, onde a "não-inscrição" dos acontecimentos é um acto de sobrevivência, fazia falta uma série sobre a Guerra Colonial. Joaquim Furtado vem colmatar esta lacuna com a série "Guerra".
O documentário percorre de forma cronológica 13 anos de conflitos nas antigas colónias portuguesas. Resulta de uma pesquisa aprofundada de Joaquim Furtado, que ao longo de oito anos, viu mais de seis mil filmes, oriundos, nomeadamente, dos arquivos da RTP, dos serviços de audiovisuais do Exército, muitos arquivos particulares e realizou cerca de 200 entrevistas a protagonistas dos vários lados do conflito.
Para ver hoje na RTP 1 às 21:00h.
Publicada por Marta à(s) 10:55 da manhã 3 comentários
15/10/2007
"Memórias de Raymond Aron"
"Nada impede de interpretar o regime soviético com recurso a conceitos marxistas. As pessoas privadas ou morais, os patrões em pessoa ou as sociedades anónimas perderam a propriedade dos meios de produção, mas os operários só a adquiriram pelo intermédio simbólico do partido que se confunde na ideia com eles. O próprio Estado, açambarcado pelo partido, torna-se proprietário quase exclusivo dos meios de produção; a burocracia do partido e do Estado «explora» os trabalhadores como antes faziam os proprietários privados. Mas esta interpretação sugere que o Estado nem sempre seja a expressão dos detentores dos meios de produção; aqui, em sentido inverso, é o Estado, ou aliás a minoria dona do poder político que detém os meios de produção."
Publicada por nuno à(s) 11:51 da tarde 0 comentários
Privacidade.
Sou classe média. Empurro um carrinho nos supermercados, levo com o trânsito e pago impostos. E, sim, engoli um sapo ou outro desde que sou pai. Sou classe média e sinto-me um privilegiado. Privilegiado, porque basta olhar para o lado, quando (e porque) me foram dadas todas as oportunidades e sobretudo uma, a de poder fazer todos os dias uma coisa que gosto. Sou classe média e tenho orgulho. Tenho orgulho no sentido em que aprendi a respeitar o valor do trabalho, coisa antiga. Foi e é através deste que, no essencial e no que de mim dependeu, pude fazer as minhas escolhas. Nada tenho, muito pelo contrário, contra a mobilidade social mas sou classe média e tenho o orgulho e o privilégio, supremo nos dias de hoje, de poder exercer o direito à reserva da minha vida privada.
Publicada por nuno à(s) 10:42 da tarde 4 comentários
14/10/2007
Ainda sobre Roth.
Como adolescente judeu, Portnoy vive agrilhoado num imenso sentimento de culpa. Roth, melhor que ninguém, descreve de forma magistral como este sentimento é alimentado pelas nossas mães no sentido de nos levar a fazer o bem ou apenas a tomar a atitude correcta. Apesar de não ser judia, nem sequer católica, carrego a mesma cruz judaico-cristã e a culpa está sempre presente. Talvez seja este o motivo pelo qual gosto tanto dos seus livros. Por isso, quando há tempos, ao ler um livro de Amoz Oz, me deparei com a famosa anedota judaica sobre os dois estereótipos de mãe, - a mãe que diz ao filho, "Acaba o pequeno almoço ou mato-te", ou a que diz, " Acaba o pequeno almoço ou mato-me"- ri-me com gosto e senti-me um pouco mais perto de Portnoy.
Publicada por Marta à(s) 8:54 da tarde 0 comentários
12/10/2007
Prémio Nobel da Paz 2007
Publicada por Marta à(s) 11:49 da manhã 3 comentários
11/10/2007
Prémio Nobel da Literatura 2007.
Não conheço Doris Lessing, que vou procurar ler. Até quando Vargas Llosa e Philip Roth, os meus preferidos, vão ter de esperar?
Publicada por nuno à(s) 7:19 da tarde 1 comentários
“Há mais coisas no céu e na terra, do que sonha a tua filosofia" Hamlet
Publicada por Marta à(s) 11:30 da manhã 2 comentários
08/10/2007
Serei capaz?
Foi um que chegou da Nova Zelândia. É outra que me liga das ilhas Mauricias… Oiço os relatos desta gente e penso: Há 7 anos que não saio daqui. A última viagem foi a Cuba e pelas minhas contas já não voltei sozinha. Desde então por cá fiquei! Um dia deste dá-me uma coisinha má (ou boa?) e desapareço. Nem que seja só por três dias. Um saltinho a Londres onde me apetece voltar. Hoje, por um segundo, pareceu-me tão óbvio: - Deixo um post it em local bem visível, com as instruções necessárias a meia dúzia de amigos, incumbidos de entreter os meus filhos (bem dividido não custa nada!!!) e desapareço. Desapareço. Só para sentir o prazer de voltar!
Publicada por Teresa à(s) 10:24 da tarde 7 comentários
Viagem ao mundo da Música
Não posso deixar de partilhar convosco o calendário da nova temporada "Descobrir a Música na Gulbenkian", cada vez mais rico em actividades e concertos, expandindo-se consideravelmente este ano, tanto na quantidade de propostas como na abrangência de temas e cruzamentos que sugere.
É o único projecto deste género em Portugal, com a qualidade Gulbenkian, que promove activamente o estímulo e o gosto pela audição musical do público infanto-juvenil, é de louvar!
Ficam aqui algumas das propostas (grande parte destas é para crianças a partir dos 3 anos) para espicaçar a vossa curiosidade:
"Os Concertos Comentados Orquestra Gulbenkian para jovens e famílias, (...) a partir de obras especialmente compostas para crianças e jovens, como é o caso dos programas A minha mãe ganso de Ravel, Pedro e o Lobo de Prokofiev e Guia da orquestra para jovens de Britten, e também com algumas das mais emblemáticas obras de sempre como O Mar de Debussy, etc...
As múltiplas Oficinas propostas, quase todas desenvolvendo actividades a partir de obras dos concertos comentados, convidam a sentir, a interpretar, a exprimir, a improvisar, a tocar e a reinventar a música através do corpo como expressão dos sentimentos e emoções
Todas as Viagens têm surpresas com momentos musicais ao vivo. Essas surpresas dão primazia ao principal instrumento de todos – a voz. A Viagem ao mundo do Jazz também conta com música ao vivo, bem como os Contos musicais, que valorizam o acto de ouvir um conto acompanhado por música da sua cultura de origem.
Publicada por Marta à(s) 2:19 da tarde 1 comentários
Morte à morte!
Existe pena de morte para crimes civis em 64 países: dos EUA a Cuba, da Coreia do Norte à Coreia do Sul, do Iraque ao Irão, da China a Taiwan, da Bielorússia ao Japão, da Índia ao Paquistão. No ano de 2005 foram executadas 2,148 pessoas, em 22 países. Quase todas na China, Arábia Saudita, Irão, e Estados Unidos. Nesse mesmo ano receberam a mesma sentença 5,186 pessoas e esperavam nos corredores da morte 20,000 prisioneiros. China, Irão, Paquistão, Iraque, Sudão e EUA são responsáveis por 91% das execuções.
Mais de metade das execuções são na China. Na China a pena de morte é aplicada a casos de homicídio, corrupção, evasão fiscal… Entre o julgamento e o assassinato do condenado costuma passar menos de um ano. Das 1,591 execuções ocorridas em 2006, 1,010 foram na China. Mas isto são números oficiais. A Amnistia Internacional estima que possam ter sido executadas entre 7,500 and 8,000 pessoas apenas em 2006, o que aumentaria em muito o peso relativo da China no número total de execuções e o número de execuções anuais em todo o Mundo.
Desde que a pena de morte foi restaurada nos EUA, foram executados 1,099 pessoas. 929 por injecção letal, 154 em cadeira eléctrica, 11 em câmara de gás, 3 por enforcamento e 2 fuzilados. 65% dos americanos são a favor da pena de morte e apenas 28% contra. 3350 condenados aguardam execução nos corredores da morte das prisões americanas. O Supremo Tribunal está a debater a constitucionalidade do recurso à injecção letal como método de execução o que adiará muitas execuções, mas concentra o debate no tema errado.
Escreveu Vitor Hugo: «Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio.» San Marino (1848), Venezuela (1863), Portugal (1867) e Holanda (1870) foram os primeiros países do Mundo a abolir a pena de morte. Quais serão os últimos?
Publicada por Marta à(s) 10:03 da manhã 0 comentários
04/10/2007
Philip Roth - Complexo de Portnoy


Publicada por Marta à(s) 2:10 da tarde 1 comentários
01/10/2007
Dia Mundial da Arquitectura
" O espaço é um dos maiores dons com que a natureza dotou os homens e que, por isso, eles têm o dever, na ordem moral, de organizar com harmonia, não esquecendo que, mesmo na ordem prática, ele não pode ser delapidado, até porque o espaço que ao homem é dado organizar tem os seus limites físicos, facto pouco sensível, por exemplo, na escala do objecto mas já extraordináriamente sensível na escala da cidade ou da região. A delapidação do espaço que poderemos clarificar de pecado contra o espaço, constitui, porventura, uma das maiores ofensas que o homem pode fazer tanto à natureza como a si próprio e da existência desta possibilidade de acção negativa, em contraste com a possibilidade de uma acção positiva, resulta o drama do homem organizador do espaço, drama que constitui garantia de que esta é uma das mais altas funções que o homem pode atribuir-se." in "Da Organização do Espaço" - Fernando Távora 1962
Publicada por Teresa à(s) 10:34 da tarde 4 comentários
"dor sem nome", o que nos enlouquece
Louco, loucura, sim são termos em desuso, na verdade a evolução da ciência sobre a mente humana tornou-os redutores e simplistas, face às complexidades das patologias existentes. Na verdade aquilo a que dantes se chamava Loucura encontra-se relacionado com aquilo que actualmente se denomina de clivagem do ego, ou seja o ego rejeita uma ideia com a qual não é compatível pela imensa dor que lhe está associada. Com essa rejeição, rejeita também parte do ego associado à ideia, ou seja cliva-se, divide-se, desmente a realidade. Um exemplo retirado de um livro de Carlos Amaral Dias* é bem ilustrativo: Uma mãe que perde um filho adoece passando a embalar nos seus braços um pedaço de madeira. A interpretação simplista seria a de que a madeira é o filho, mas isso implica o não entendimento que a madeira representa a ausência de inscrição de um pensamento, que é a morte da criança. É a assimbolização, a incapacidade de lidar com esta ideia que faz com que o ego se afaste da realidade. O ego fragmenta-se e faz uma retirada do real, estamos loucos! * “"Costurando as linhas da psicopatologia borderland"
Publicada por Marta à(s) 12:26 da tarde 2 comentários
30/09/2007
Excesso de optimismo?
Publicada por Teresa à(s) 11:02 da manhã 0 comentários
29/09/2007
Hoje, em Portugal, há espaço para um partido liberal.
Porque com Menezes, o PSD não vai lá.
Publicada por nuno à(s) 11:24 da manhã 0 comentários
27/09/2007
Joga bonito.
A opinião sobre futebol só se compreende assim, doente, vinda das entranhas. Com a devida vénia ao meu querido amigo "o 7 maldito".
Publicada por nuno à(s) 11:08 da tarde 1 comentários
Leituras.
A seguir ao "Foi assim" de Zita Seabra, foi a vez de "Tony Blair, l'iconoclaste, un modèle à suivre" de Jean-Marc Four, jornalista francês. Num livro equilibrado, Four passa em revista os três mandatos de Blair de um ponto de vista francês e conclui: "Et Tony Blair ne se résume pas davantage. Là aussi, que retenir? L'anglican ou le catholique? L´homme de droit ou l´homme de gauche? Le premier ministre britannique le plus jeune de l'Histoire ou le dirigeant usé de sa fin de règne? Le joueur de guitare électrique ou le père de famille? Le leader charismatique ou le grand manipulateur de l'information? Le «caniche» de George Bush ou le francophone francophile? L'européen de coeur ou l'américan de choix? L´homme sincère ou le démagogue machiavélien? L'ignare en politique internationale des années 90 ou le féru de guerre et de diplomatie des années 2000? Tony Blair est tout cela en même temps. Sa complexité fait sa richesse." Excusado será dizer que o aprecio muito. Agora, estou sensivelmente a meio das "Memórias de Raymond Aron" e seguem-se a biografia de Sarkozy - "Un pouvoir nommé désir" - de Catherine Nay, "L'aube le soir ou la nuit" de Yasmina Reza, que viveu por dentro a última campanha do actual presidente francês, e "Vertigem Americana" de Bernard-Henri Lévy.
Publicada por nuno à(s) 10:10 da tarde 0 comentários