23/12/2007

O meu Natal.

O Natal para um agnóstico é sempre uma época ambígua. Às contradições vem-se juntar uma boa dose de nostalgia (do gre. nostós, “regresso” + algos, dor”). Sempre vivi o Natal como uma festa que junta a família, que nos faz pensar um pouco mais nos que nos rodeiam.Na verdade, nunca tive grande vontade de ir mais além, de procurar um significado maior para esta festa, até que…na sexta-feira passada ouvi um filósofo a explicar a origem mais remota desta festa (na “Janela Aberta”, de Ana Sousa Dias no RCP). Dizia o entrevistado que esta época, a do solstício de Inverno, era já festejada antes da existência do Natal cristão, um fenómeno que a humanidade acompanha desde sempre, uma data mágica e sagrada entre os primeiros povos. O solstício de Inverno no Hemisfério Norte é a altura do ano em que a Terra (no hemisfério norte, mais uma vez) se encontra mais longe do Sol, tendo, por essa razão, sido desde sempre associada à Morte. Afinal, essa é a altura do ano que, sendo os dias mais curtos e frios, a Terra é menos fértil e tem menos luz. A festa, naturalmente pagã, sempre se fez neste período, com o objectivo de dar Vida, de Partilhar, de dar Luz (com as iluminações e as árvores de Natal) a estes dias tão Invernosos. E assim, não procurando, acabei por encontrar o meu significado para o Natal. Prolongar a luz, dar alegria e partilhar o pouco que a terra gera, a estes dias cinzentos. É isso! Um bom Natal para todos!

1 comentário:

Anabela et Jean Paul Duflot disse...

Marta
Embora para mim o Natal tenha um signifiacado cristão, gostei muito de ler o teu texto sobre as origens desta festa,que ignorava completamente. Bom Natal para ti
Anabela