14/10/2007

Ainda sobre Roth.

Como adolescente judeu, Portnoy vive agrilhoado num imenso sentimento de culpa. Roth, melhor que ninguém, descreve de forma magistral como este sentimento é alimentado pelas nossas mães no sentido de nos levar a fazer o bem ou apenas a tomar a atitude correcta. Apesar de não ser judia, nem sequer católica, carrego a mesma cruz judaico-cristã e a culpa está sempre presente. Talvez seja este o motivo pelo qual gosto tanto dos seus livros. Por isso, quando há tempos, ao ler um livro de Amoz Oz, me deparei com a famosa anedota judaica sobre os dois estereótipos de mãe, - a mãe que diz ao filho, "Acaba o pequeno almoço ou mato-te", ou a que diz, " Acaba o pequeno almoço ou mato-me"- ri-me com gosto e senti-me um pouco mais perto de Portnoy.

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