Apesar de não estar entre os meus pintores favoritos, vi com prazer a exposição de Dali, no Palácio do Freixo. Nesta, não vai encontrar o sublime "Cristo de S. João da Cruz", os relógios moles da "Persistência da Memória" ou ainda as paisagens delirantes com que o mestre do surrealismo nos confrontou. No entanto e precisamente por essa razão, a exposição teve o mérito de me fazer descobrir um outro Dalí. O Dalí de "Gargântua et Pantagruel", as 25 litografias nas quais o pintor bebe de Bosh e dá a beber a Pedro Proença, e que valem pelo seu lado lúdico. O Dalí do "Elefante Cósmico", ser que se descola da mitologia grega e do bestiário medieval em direcção ao espaço, entre muitas outras peças escultóricas a que Salvador Dalí dá vida fazendo sair dos seus quadros. E por fim, o Dalí da "Bíblia Sagrada", composta por 150 litografias sobre tantas outras cenas dos cinco livros do Antigo Testamento, que é uma verdadeira revelação. A exposição pode visitada até 4 de Novembro, entre as 10h00 e as 22h00, e de sexta a domingo (incluindo feriados) das 10h00 às 24h00. E é o melhor dos pretextos para visitar o Palácio do Freixo, magnificamente recuperado.
19/10/2007
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