23/07/2008

Saudades

Nunca mais fica de noite, para poder olhar para o céu e imaginar a festa hoje, lá longe, nas estrelas.

Nunca conheci ninguém que gostasse tanto de comemorar o seu aniversário, como o Ricky!

21/07/2008

E a prole a aumentar,

a dos Patrões desta Loja. O Grande Eduardo já nasceu e Hoje é Dia de Festa!!!

14/07/2008

Funny Games - Jogos Perigosos

Somos tragados desde o primeiro instante pela acção que revela logo um nível quase insuportável de violência, explicitado de forma magnífica na banda sonora que alterna em nos provocar estados opostos consoante o desenrolar da acção, canto liríco ou trash metal.
Canto liríco para as vitimas, trash metal para os psicopatas.
O realizador conduz-nos não a um estado de sobressalto mas a um sentimento ambíguo de culpa e de voyeurismo, em que somos envolvidos pelos agressores psicopatas como o objecto final para o qual eles preparam minuciosamente o quadro do horror, temos que agradar ao público? E olham-nos directamente nos olhos, sorrindo com cumplicidade. É aqui que o filme faz a diferença, questiona-nos como espectadores ou como consumidores do espectáculo da violência.
É um remake de um filme do mesmo autor mas em espaço fisíco diverso. Não vi o de 1997, infelizmente. Passamos da Áustria para a América, apesar do tema ser universal, parece-me que o requinte de malvadez dos personagens é muito europeu, para mal dos nossos pecados.... Em muito pouco ou nada se assemelham com Hannibal ou com as figuras retratadas pelos irmãos Cohen, esses francamente autócnes. É inquietante e perturbador, porque retrata a violência na sua forma mais perversa e incompreensível, não há mais nenhum motivo palpável do que o comprazimento dos carrascos na humilhação das vítimas, e na sua tortura, tudo é leve e divertido no sofrimento alheio, tudo é um jogo infantil, o jogo do gato e do rato, o jogo do saco e do rato, o da esposa dedicada, até deixar de apetecer para ter início outro, com novas vítimas. Muito interessante, a ver, para quem suporta o género.

11/07/2008

Lindo, de comer e desejar sempre mais

Já tinha saudades da Maghy, do Rê e do Sushi que invariavelmente aparece com eles!

09/07/2008

O livro dos grandes opostos filosóficos

"Desde tenra idade, descobrimos que as ideias se opõem e se compreendem graças a essa oposição…pois essas oposições universais são as que estruturam o nosso espírito, que lhe permitem reflectir"
Adorei ter descoberto este livro, partilhá-lo com o meu filho Francisco e assistir ao seu progressivo e entusiasmado interesse. As ilustrações que acompanham o texto são absolutamente fascinantes e ajudam à interpretação das ideias, que são complexas, mas que numa linguagem acessível, abrem espaço a outras reflexões, dúvidas e interrogações.
Fica este exemplo: "Esperar é ser ACTIVO ou PASSIVO?"
Um desafio para adultos e crianças!
"Um livro para contemplar, um livro para pensar, um livro único..."
editora: edicare

08/07/2008

I'm From Barcelona - We're From Barcelona

uma música divertida para as minhas amigas queridas: Cinderela e Tere. Eu não consigo deixar de me por a abanar a cabeça cada vez que a oiço! Espero com isto contagiar-vos com esta onda de boa disposição...

Leituras

O caos instalado em minha casa e a impossibillidade de descobrir o livro que estava a a ler fez com que pegasse novamente num daqueles livros pequeninos da colecção Livros RTP. Desta vez comecei pelo primeiro, Maria Moisés de Camilo Castelo Branco que faz parte de"As Novelas do Minho" ( 1857-1877).

Não posso deixar de partilhar convosco esta passagem genial , que li e reli umas dez vezes com crescente emoção:

" A estupidez é mais valente que a morte. Se falta a luz que adelgaça e rompe a treva do homem bárbaro, à mistura com a velhacaria que a civilização lhe tem dado , o cérebro e o coração são empadas de massa inerte, umas substâncias granulosas ou fibrosas contidas em sacos membranosos. Não há nada de mais bestial que o homem sem alma que se faz na educação. A mulher já não é assim. A maternidade é uma ilustração que lhe dá a intuitiva inteligência do amor e das grandes tristezas. Essas, em toda a parte, a chorar, são mulheres; e, ainda na derradeira curva que atasca em lama a espiral da degradação, é-lhes concedido remirem-se pelas lágrimas."

06/07/2008

Sándor Marai o escritor húngaro

Li neste fim de semana o segundo livro traduzido e publicado em Portugal por este (inexplicavelmente) desconhecido autor, Sándor Marai," A herança de Eszter". Para dizer a verdade, foi o que me pareceu menos interessante de todos. O primeiro contacto com " As velas ardem até ao fim" foi para mim o encantamento imediato. Uma profundidade de análise que nos atinge directamente na alma, o vislumbre de um mundo requintado em que os valores da alta burguesia se confrontam com o seu fim. Uma sociedade que tal como em o "Leopardo" desaba com a destruição desses valores e se extingue irreversivelmente, tragada pelos nouveau riches, pelos arrivées, pelo apelo imediato do prazer e da saciedade dos instintos. Um tempo em que a longa espera não altera os sentimentos, em que o destino e a fatalidade une e separa os personagens. Mulheres que esperam, mulheres que manipulam, paixões fatais, amizades profundas, amores idealizados, "o mundo é um teatro". Em " A mulher certa", pressente-se o reflexo autobiográfico, a construção tripartida do romance envolve-nos numa visão, primeiro fragmentada, e finalmente holística da história. Foi para mim uma descoberta que provocou o sentimento reconfortante de um reencontro, de um mundo que todos, de alguma forma, conhecemos num tempo mais longínquo e nostálgico.
"O tempo passava e a vida tornava-se cada vez mais opaca em redor de mim. Os livros acumulam-se, adensam-se. E cada livro continha uma pitada da verdade e cada recordação insinuava que é vão conhecer a verdadeira natureza das relações humanas, porque nenhum conhecimento torna uma pessoa mais sábia."
Aconselho, sem reserva, "As velas ardem até ao fim".

04/07/2008

Comemorações dos 10 anos da Ordem dos Arquitectos

O programa inicia-se com uma sessão solene no salão nobre do Instituto Superior Técnico, presidida pelo Prof. Dr. Carlos Matos Ferreira, Presidente do IST e o Arq. João Belo Rodeia, Presidente da OA . O quê? Alguém mais vê qualquer coisa de profundamente insólito nestas comemorações? Salão Nobre do Instituto Superior Técnico? Presidente do I.S.T. a presidir às comemorações dos 10 anos da O.A.? Não haverá qualquer outro salão nobre que dignifique esta data, e não seja no Técnico? Ou talvez o presidente da Ordem dos Engenheiros não estivesse disponível nesta data para partilhar também a presidência, ou alguém imagina o inverso? Presidente da Faculdade de Arquitectura de Lisboa da U.Técnica de Lisboa preside à sessão comemorativa das celebrações dos (...)enta anos da Ordem dos Engenheiros... Haja paciência, decência e respeito pelas tradições! Vão talvez firmar as posições relativamente à mudança do73/73...engenheiros e arquitectos.