20/11/2008

O mistério das Consciências Mortas e o nosso Inefável Governador do Banco de Portugal - Parte II

No Boletim Económico de Outono, o Banco de Portugal assinala que cada desempregado passa, em média, quase dois anos sem conseguir novo posto de trabalho. A instituição justifica o aumento do desemprego de longa duração com o que considera ser o regime “generoso” da prestação social assegurada pelo Estado. O relatório do Banco de Portugal refere ainda que há cada vez mais beneficiários do subsídio de desemprego por causa da recente legislação, que desincentiva a declaração do estatuto de inactivo. Fonte RTP1. Notícias

Como é que ainda nenhuma consciência morta do BP se lembrou, desta ideia maravilhosa, Sem subsídio de desemprego não haverá dois anos de "procura", a adaptação a qualquer trabalhinho será automática. Nós, o gigantesco exército de trabalhadores a recibos verdes subscrevemos esta ideia, Igualdade para todos, ou seja, todos sem subsídio de desemprego (ou todos com direito a subsídio de desemprego). Se passarem todos a recibos verdes, magníficos profissionais liberais, é que vai ser, acabam-se as baixas, o laxismo, o absentismo, o bla blá, a má vontade, as férias, o Natal, os trabalhadores transformam-se todos em máquinas dedicadas e solícitas. E esta sr. Governador, ainda não se tinha lembrado?
Será essa a verdadeira preocupação do Banco de Portugal? Para que serve, já agora, para regular os mercados financeiros? Para impedir as fraudes, os negócios obscuros na alta finança, para se preocupar com os desgraçados do subsídiozinho de desemprego ( que fora a nata das natas dos boys dos partidos) vivem angustiados na corda bamba? Ou não serve para nada? Se não tem meios para actuar, extinga-se. Ponto, mais uma poupança (grande) para o estado. O tempo é de crise, em crise não há lugar para a "generosidade".

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