02/03/2008

Temos Ministra da Educação

Quero expressar aqui o meu apoio e contentamento, por sentir que finalmente temos uma ministra da Educação, que desassombradamente está a prestar um serviço às escolas, aos pais, aos professores, à comunidade educativa em geral. Não é compreensivel este horror às avaliações, demonstrado em bloco pelos professores, cuja função para além de ensinar, é também a de avaliar. O que a minha experiência me demonstrou, foi que a sorte dita o destino nas escolas públicas, que é quase impossivel fazer frente a professores que se "baldam" no cumprimento dos seus mais elementares deveres, que os professores funcionam muito bem corporativamente, e que se protegem sempre, mesmo quando são absolutamente evidentes as falhas, muitas vezes desastrosas, dos seus colegas. Que as críticas colocadas em sede própria, nas reuniões de direcção de turma, provocam defesas acirradas como se fossem ofensas pessoais, olhares de lado, provocando alguma insegurança nos pais, se não terão direito a revanches, quando o interesse deveria ser comum e prioritariamente o do aluno. Não consigo compreender que alguém defenda que os professores que fazem a diferença, pelo seu empenho e dedicação no ensino das nossas crianças sejam iguais áqueles que se limitam a cumprir os minímos (ou nem isso), áqueles que são realmente danosos, porque por acção ou omissão, não cumprem a maravilhosa função que lhes é destinada e para a qual todos contribuimos, a Educação das novas gerações, no caso a dos nossos filhos.

6 comentários:

maria clara disse...

Mais um blá, blá ,blá desfundamentado, tipo "caça às bruxas" e "vamos a eles". Desfundamentado porque se diz a coisa mais " ignota" e absurda de que os professores estão contra a avaliação!!! OIÇA: Os professores estão é contra este modelo!!!
Não o conhece, pois não?
Nota-se. Em nenhuma parte do que escreve se refere a ele!!!
Os professores não concordam com um modelo estúpido, entupido e entupidor do sistema.
Oiça: E o que diz ao fim do ensino artístico e ao fim do ensino especial com o fim do 319????
Temos Ministra, né?????
E o estatudo do aluno, a recente lei 3 ??

Gratuitidades desfundamentadas, não fazem falta!!!!!!!!!!!!!!

sophia disse...

Não é desfundamentada a minha experiência com maus professores e más atitudes das Escolas, é baseada no contacto com a realidade , infelizmente. É necessária uma "caça às bruxas"? Ignoro o que quer dizer com essa expressão,poderia talvez, explicar-se melhor.É para mim evidente que é preciso mudar a atitude dos professores e das escolas Públicas em geral, deveriam os professores relevar na sua "luta" que o que procuram é o Bem do Aluno e não o Bem das suas carreiras e "direitos adquiridos".
Relativamente ao ensino artístico defendo que ele não deve ser extinto na sua forma actual mas complementado com um sistema de acesso generalizado.
Seria interessante observar atitudes cooperantes e construtivas nos representantes dos professores, porque a imagem que passa não favorece de todo a classe dos professores em Portugal.

maria clara disse...

Agradeço a reposta.

Deixo aqui os seguintes tópicos.
1- Uma má experiência não é susceptível de ser generalizada.
2-Os interesses dos professores não são dicotomizados ou antagónicoss dos do aluno
3- Justamente porque na sua luta os professores "relevam" os interesses dos alunos, é que não aceitaram a recente lei3 sobre o actual estatuto do aluno.
4- os professores querem uma avaliação que não seja uma farsa desonesta feita pelos pares( os famosos titulares) e com cotas.

Sabe, entristece, desmotiva e revolta ler coisas como as que escreveu no blog! ( pelo qual a congratulo)

sophia disse...

Não pretendi de todo generalizar ( detesto generalizações), às más experiências poderia juntar muitas boas no Ensino Público.
O problema é quando nos deparamos com bloqueios e o sistema age cegamente não oferecendo regras claras para corrigir problemas, depositando em critérios pessoais de A ou B o papel de ajuizar as situações. Não há um bom interface entre os pais e os professores, por culpa de ambas as partes.
Fiz o meu percurso secundário e universitário no ensino público, problemas sempre houve mas o ambiente era bastante mais "friendly".
Foi muito bom para mim, passar por um colégio religioso cheio de regras e disciplina e mudar para o sistema público, com outra liberdade e diversidade de pessoas e ambientes.
Hoje em dia, é uma alternativa difícil colocar os nossos filhos no Ensino Público.
Os filhos dos meus amigos e colegas de liceu e faculdade, só quando não podem, é que não recorrem ao ensino privado e cooperativo.
Eu lamento que assim seja, temos todos a perder. Os nossos filhos têm muito mais a ganhar na sua sociabilidade em conviver com todos os grupos sociais do que ficarem restringidos a mais "um condomínio" privado com segurança à porta.
Não penso que os professores sejam os bodes exopiatórios do sistema, mas são parte fundamental do problema e da solução.

maria clara disse...

Sem pretender transformar este espaço num forum, digo-lhe que concordo em absoluto com o que escreveu(uf!,uf!).A escola pública transformou-se, claro, merçê das vicissitudes da conjuntura sócio-económica. Não, efectivamente, já não é um espaço acolhedor, seguro, ou sequer fiável( a violência é um facto objectivo).O clima frendly que eu também vivenciei( liceu de oeiras), acabou.
A escola pública é inclusiva, para o bem e para o mal.A palopização da escola é um facto sociológico que exige soluções específicas.A obrigatoriedade do ensino, o célebre ensino para todos ,fez perigar a qualidade do mesmo.O interface, como disse entre a escola e a comunidade é complicado.A 20km de Lisboa, na linha de Sintra, grande parte dos alunos, oriundos dos Palopes, não vivem com os pais e raramente conhecem os dois progenitores. A participação dos E.E é muitíssimo baixa.Algumas famílias são completamente destruturadas e com problemas sociais ,psicológicos,gravíssimos.Não é raro o Director de Turma ter que contactar o Tribunal de Menores e os assistentes sociais da zona, para resolver os problemas, Proliferam todo o tipo de situações( carências extremas, alcolismo...etc)
Compreendo demasiado bem os seus amigos, por se verem confrontados em colocarem os filhos nos tais condomínios , escolas privadas, de que eu também não gosto.
É a velha questão de conjugar a inclusividade e a obrigatoriedade do ensino com a qualidade e a preparação para o ingresso universitário.
Faz bem em contar com os professores e não os transformar em "inimigos públicos nº1".As baldas a que se referiu no 1º post , não são regra, pelo contrário, e o clima de agressão generalizado a esta classe ,não é com certeza, construtivo de coisa nenhuma.
Finalizo,dizendo que também eu espero que os professores possam ser parte activa nas soluções de um sistema demagógico que não favorece o aluno, o professor, toda a comunidade educativa e a sociedade em geral.Sublinho, ainda a "injusteza"das afirmações do seu post, que me mobilizou para estes comentários, que,têm, quanto mais não seja, o mérito de criar um espaço de conversa sobre uma questão tão importante quanto actual.

maria clara disse...

Sem pretender transformar este espaço num forum, digo-lhe que concordo em absoluto com o que escreveu(uf!,uf!).A escola pública transformou-se, claro, mercê das vicissitudes da conjuntura sócio-económica. Não, efectivamente, já não é um espaço acolhedor, seguro, ou sequer fiável( a violência é um facto objectivo).O clima frendly que eu também vivenciei( liceu de oeiras), acabou.
A escola pública é inclusiva, para o bem e para o mal.A palopização da escola é um facto sociológico que exige soluções específicas.A obrigatoriedade do ensino, o célebre ensino para todos ,fez perigar a qualidade do mesmo.O interface, como disse entre a escola e a comunidade é complicado.A 20km de Lisboa, na linha de Sintra, grande parte dos alunos, oriundos dos Palopes, não vivem com os pais e raramente conhecem os dois progenitores. A participação dos E.E é muitíssimo baixa.Algumas famílias são completamente destruturadas e com problemas sociais ,psicológicos,gravíssimos.Não é raro o Director de Turma ter que contactar o Tribunal de Menores e os assistentes sociais da zona, para resolver os problemas, Proliferam todo o tipo de situações( carências extremas, alcolismo...etc)
Compreendo demasiado bem os seus amigos, por se verem confrontados em colocarem os filhos nos tais condomínios , escolas privadas, de que eu também não gosto.
É a velha questão de conjugar a inclusividade e a obrigatoriedade do ensino com a qualidade e a preparação para o ingresso universitário.
Faz bem em contar com os professores e não os transformar em "inimigos públicos nº1".As baldas a que se referiu no 1º post , não são regra, pelo contrário, e o clima de agressão generalizado a esta classe ,não é com certeza, construtivo de coisa nenhuma.
Finalizo,dizendo que, também eu espero que os professores possam ser parte activa nas soluções de um sistema que é demagógico que não favorece o aluno, o professor, toda a comunidade educativa e a sociedade em geral.Sublinho, ainda a "injusteza"das afirmações do seu post, que me mobilizou para estes comentários, que,têm, quanto mais não seja, o mérito de criar um espaço de conversa sobre uma questão tão importante quanto actual.