08/12/2009

Pai

"Eu gostava do meu pai com um amor que nunca mais voltei a sentir até ao nascimento dos meus filhos. Quando estes nasceram, reconheci-o porque é um amor igual em intensidade, embora diferente e, de certa maneira oposto (...). Eu sentia pelo meu pai a mesma coisa que os meus amigos sentiam pela mãe deles(...). Agora penso que a única receita para poder suportar a dureza da vida ao longo dos anos é receber, na infância, muito amor dos pais. Sem esse amor exagerado que me deu o meu pai, eu teria sido alguém muito menos feliz."
As palavras não são minhas, mas traduzem o que me vai na alma com uma perfeição chocante. Há muitos anos que não me comovia tanto como ao ler este livro que testemunha o amor profundo, visceral de um filho para um pai. De 0 a 10, leva os 10, apesar de ser concerteza um livro único, irrepetível, dada a natureza do seu conteúdo.
Somos o esquecimento que seremos, Héctor Abad Faciolince, Editora Quetzal

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