31/07/2009

Paz à sua alma, e a nós também!

Confesso que me faz um certo horror esta histeria à volta da figura de Michael Jackson, não compreendo o fascínio por esta personagem que sempre achei sinistra na vida real. As boas memórias são curtas e resumem-se a uns bons e efémeros momentos na pista de dança e ao visionamento do revolucionário (para a época) videoclip de Thriller. Porquê este fascínio elevado à loucura à volta da sua vida e morte? Muito dinheiro envolvido, deve ser a resposta para este mistério. Um ícone da música pop? Da cultura negra? Da cultura negra só se for piada, pois tentou obsessivamente negar a sua identidade black até se transformar naquela cara de pesadelo deslavada com um nariz de mau desenho animado, que fazia medo ao meu filho pequeno cada vez que aparecia nos ecrãs e sempre por maus motivos. Ícone da cultura pop? admito essa possibilidade com tudo de mau que arrasta o conceito neste caso, imagem sem conteúdo, superficialidade, ausência de valores ou valores descartáveis. Não sei, acho chocante esta sucessão de tributos a uma personagem que como fruto de uma cultura pop, se calhar devia ser descartada simples e rapidamente do nosso imaginário deixando apenas aquilo que produziu de bom, a música e a dança, para quem aprecia o género.

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