21/09/2008

Memória curta!

Andei toda a tarde em (des)arrumações e curiosamente dei de caras com três publicações do Metro, onde vem referida a importância dada por esta entidade à Arte Pública, nomeadamente à Obra de Maria Keil.

Estes livros, foram-nos deixados um dia à porta da nossa casinha do Príncipe Real que, entre outros, nos oferecia o privilégio de ter como vizinha do andar de baixo esta senhora tão simpática, tão humilde e tão interessante. Ainda me lembro do seu encolher de ombros, quando lhe fomos agradecer o gesto, insistindo que não tinham importância nenhuma, eram apenas uns livros que podiam interessar aos seu novos vizinhos arquitectos, senão, que os deitássemos no lixo, não eram nada de especial.
Não deitámos claro, e hoje, ao desmontar a estante e folhear o primeiro, retive na memória aquilo que o Metro, com o passar dos anos pelos vistos, não foi capaz.
Deixo-vos um excerto da introdução da publicação "Arte Pública no Metro de Lisboa":
"(...) Maria Keil foi pioneira de uma Arte Pública que a partir de 1991 se viria a diversificar(...)
O Metropolitano de Lisboa patrocina assim as Artes ainda com preferência pelo azulejo e contribui, pela valorização artística dos seus espaços públicos, para uma maior humanização da cidade de Lisboa."
PS: sublinhado meu. É que é preciso ter lata!

3 comentários:

Carmo disse...

Olá,
Amanhã de manhã quando fôr levar o Tiago ao colégio, suba ao meu gabinete no 1º andar e veja a relíquia que tenho na estante, oferta de Maria Keil para os meninos do Santa Teresinha brincarem.
Muitos beijinhos

Teresa disse...

Olá Carmo,
obrigada pelo convite que só vi hoje!
Sabe que o Francisco também é um sortudo? recebeu das mãos da Maria Keil um livro infantil com texto e ilustrações da sua autoria com uma dedicatória muito especial...foi quando nos estávamos a despedir como vizinhos. É que durante os três anos que o Francisco viveu naquele prédio, mal começou a subir as escadas pelo seu pé, a Maria Keil mal nos ouvia nas escadas (e a Carmo sabe que o Francisco faz-se ouvir e bem) abria a porta da sua casa para se meter com ele e recebê-lo a "disparar" à procura de bolachas ou simplesmente lhe bisbilhotar a casa/atelier toda!
Eram grandes amigos!
Um beijinho

Carmo disse...

A Maria Keil quando soube do Santa Teresinha ofereceu-me três colecções de fantoches de dedo (via minha mãe, são amigas) já desenhados e pintados para depois serem montados pelas crianças, não resisti e há uns anos atrás fizemos esse trabalho.
Agora com a mudança lembrei-me e comentei com a minha mãe a pena que tinha de não ter guardado uma colecção, é um trabalho único!
Há dias tive a alegria de receber um embrulho de papel pardo atado com cordel de pastelaria, eram os fantoches, agora já construídos e emoldurados para pôr no meu gabinete. Fiquei de lágrima no olho!