04/05/2008

Procurem Maddie

Por favor, procurem a pequena Maddie, mas discretamente, não façam dela e dos seus extremosos papás abertura dos telejornais, de todos em simultâneo, porque nós todos merecemos respeito, a criança em particular. Não queremos assistir ao prolongamento desta história que em tudo parece suspeitosa e anormal. Não queremos mais lágrimas de verdade ou de crocodilo, mais exibições de dor ou de culpa. Não queremos mais assistir a fóruns com advogados em causa própria e famosos criminalistas a perorar sobre os pormenores da investigação, e acima de tudo não queremos mais ouvir o Eduardo de Sá com as suas teorias eternamente apaziguadoras. Poupem-nos e mantenham a decência, se sofrem sofram em recato, não exibam os fundos milionários ganhos à custa desta pornográfica montagem mediática, procurem-na apenas, a ela e às outras desaparecidas. E já agora aprendam que nunca, mas nunca, podem as crianças ficar sozinhas entregues a si próprias, nem que seja por um motivo tão importante como uma jantarada entre amigalhaços. Há sempre o recurso às baby sitters, expressão de origem inglesa, concerteza. Procurem Maddie, em silêncio, por favor.

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